Editora: 34
Ano: 2019 (2ª edição)
Publicado em 1850, o Diário de um homem supérfluo, de Ivan Turguêniev (1818-1883), ocupa um lugar de destaque na história da literatura. É nele que pela primeira vez o termo lichnii, "supérfluo", foi usado para designar um dos tipos mais característicos da grande prosa russa do século XIX - o "homem supérfluo". Se tal figura já possuía antecedentes em obras de outros autores, é com Turguêniev que ele alcança sua formulação psicológica mais aguda.
O escritor tinha a incrível capacidade de perceber as forças sociais em movimento na sua época e dar-lhes representação literária precisa. Nesta novela, que tem a forma de um diário íntimo, um jovem à beira da morte reflete sobre a sua infeliz paixão por Liza, filha de um proprietário de terras na província, e sobre seu sentimento de desajuste com a vida, próprio da geração que cresceu sob o regime repressivo do tsar Nicolau I. Por meio de suas confissões, o leitor tem acesso a um vívido retrato da sociedade russa do século XIX.
A prosa sensível e cuidada de Ivan Turguêniev ganha uma versão à altura na tradução atenta e rigorosa de Samuel Junqueira, que assina também o posfácio desta edição, no qual esclarece a importância desta obra-chave da literatura russa, agora pela primeira vez publicada no Brasil.
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